sexta-feira, 21 de março de 2008

O Processo Eleitoral e o Campeonato Estadual


Prezado leitor,
Os próximos textos buscarão ousadamente falar sobre o processo eleitoral pelo qual inevitavelmente iremos passar neste ano de 2008. Digo inevitável, pelo fato de muitos não sentirem o mínimo desejo de sair de suas casas e ser obrigado a votar num determinado aspirante ao cargo eletivo.
Quem sabe um dia, paradoxalmente, o “direito” de decidir o “direito de votar”, será facultativo!
Contudo, enquanto o sonho de muitos não chega, o brasileiro inventa moda e vai às urnas no melhor estilo.
Às vezes, para não dizer como sempre, o pleito eleitoral é tratado como se fosse um campeonato regional, ou melhor, estadual de clubes de futebol.
Não se espante, caro leitor. É isto mesmo. Perceba que as eleições após as “Diretas já”, tornou o povo identificado com todo o aparelho e sistema eleitoral num tipo de sinergia incomum e crescente a cada eleição.
Quer exemplos? – Então vamos aos que nos saltam às vistas.
No futebol, antes da bola rolar existe a “peneira”, - uma espécie de busca por bons jogadores, aqueles que poderão depois de aprovados e treinados figurar no elenco do time que disputará o campeonato no ano seguinte.
Não é diferente no processo eleitoral. Só que neste o gênero Time, que se denomina Partido, os jogadores se chamam Filiados, mas em ambos há a “peneira”, momento em que os atores precisam mostrar que sabem atuar tanto no futebol como no processo eleitoral.
Para entrar no campeonato ou no processo eleitoral, os jogadores e filiados também se igualam, ou seja, só podem participar se estiverem com a saúde em dia, bem preparados física e psicologicamente, e principalmente com toda documentação registrada, ou na Federação de Futebol ou no Tribunal Eleitoral.
É verdade leitor, estamos só começando a comparar. Há muito mais semelhanças do que imaginávamos.
Se perder o prazo de inscrição, já era. Pode ser o melhor jogador do mundo, “Pelé” ou “Getúlio Vargas”, não adianta vai ficar de fora.
No processo eleitoral, os “times” têm suas cores, bandeiras e distintivos, tal qual no futebol. Possuem hinos e sedes de agremiações. Ambos têm um particular: possuem torcida em todo canto da cidade e fora dela.
O engraçado é que a semelhança perpetrada pelo brasileiro no processo eleitoral e no futebol cada vez mais fica evidente. No time há sempre um craque, geralmente é o que veste a camisa 10. Já no partido é semelhante, sempre um filiado se destaca mais e puxa todo “time” rumo a vitória eleitoral, mas, neste caso, o craque possui número diverso da camisa 10. Pode ser o camisa 14, 25, 13, 15, 22, 11, 12 e por aí vai...
Tanto no futebol como no processo eleitoral têm “tapetão”, uma espécie de tribunal que julga os faltosos do campeonato.
Os juízes são implacáveis na fiscalização, e as vezes até erram na tentativa de acertar. O que buscam é o jogo limpo.
A pré-temporada é muito divertida. Mas, este assunto vou deixar para a próxima postagem.
Fique atento e veja o que está acontecendo nesta pré-temporada das eleições 2008, e compare comigo, mande suas percepções. E, até a próxima.