quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Advogado de hoje

A estante cheia de livros, o escritório com paredes revestidas de madeira, o paletó e até o colete, a palavra polida e rebuscada, faziam parte da vida cotidiana do profissional do direito - o Advogado.
O endereço variava pelo tamanho da carteira de clientes, sendo os pontos mais próximos ao fórum aqueles mais valorizados.
Ocorre que muitas profissões sofreram com o avanço tecnológico, algumas sucumbiram e outras ou se adaptavam ao novo comando, ou padeceriam da mesma sorte - se extinguiriam.
O advogado moderno é aquele profissional, que uma vez experimentado no estágio forense e aprovado no exame de Ordem, vive atento ao contexto histórico da população, e prima pela administração de justiça.
Ora, se o direito é uma espécie de norma social, que em última ratio visa garantir a sobrevivência da sociedade compondo os conflitos de interesse, o Advogado é o instrumento indispensável na administração da justiça.
Hoje, os cursos de direito formam bacharéis numa espécie de curso preparatório para concursos públicos. Poucos são aqueles corajosos que desde a primeira aula lutam para garantir uma formação que vise o patrocínio de causas, na qualidade de Advogado.
Contudo, há verdadeiros heróis - conheço alguns, que vibram com o munus (dever) público afeto à advocacia, trilhando por diversos ramos do direito: Eleitoral, Cível, Administrativo, Penal, Trabalhista, Previdenciário, etc.
 Pode parecer exagero, mas hoje com o avanço tecnológico e a descetralização e regionalização dos fóruns no Estado do Rio de Janeiro, há advogados que abandonaram seus custosos escritórios por uma internet banda larga potente, um tablet, uma agenda bem elaborada, um site e um escritório do tipo virtual com hora marcada previamente, e só.
Se o terno continuar roto, o vocabulário for o "advoquês", e a atualização profissional não for constate, o advogado poderá não sê-lo amanhã.
O advogado hoje deve primar pela melhor qualificação e especilização sem o que não poderá construir, desenvolver e defender a sobrevivência do corpo social por suas teses, antíteses, proposições e idéias.
Alexandre A. Gonçalves
Advogado
Especialista Direito Eleitoral - Direito Civil
Pós graduando no MBA Inovação na Gestão Pública/UERJ

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